Exercícios, Calor e Umidade do ar
Muitos alunos pela falta de tempo acabam treinando no calor principalmente nos horários de sol a pino, o que além de não ajudar na melhora do condicionamento físico, pode causar distúrbios térmicos graves. Devemos ter uma grande preocupação em relação à prática de exercícios físicos e o calor em cidades quentes e Umidade Relativas do Ar elevadas, como cidades Rio, Manaus,… ou Umidade baixa, como Brasília, Goiânia, …
Exercícios no calor e em cidades com clima úmido
Quanto a temperatura do ambiente estiver quente e Umidade Relativa do Ar (URA) estiver alta, maior será a temperatura interna do organismo durante a prática de exercício.

Durante a realização de exercícios, a taxa de produção de calor do corpo é aumentada de 5 a 20 vezes, dependendo da intensidade do exercício. Como 2/3 da energia utilizada no trabalho muscular é perdida sob a forma de calor, isto resulta numa corrente contínua de calor que flui do interior do organismo para a pele para trocar calor com o meio ambiente, por condução, convecção e principalmente pela evaporação (suor).
Porém, quanto mais úmido for ambiente, mais comprometida fica a troca de calor do corpo com o ambiente pela ineficácia da evaporação do suor ao permitir o resfriamento do corpo nestas situações extremas.
Como consequência, a temperatura interna do corpo pode atingir níveis perigosos (> 40ºC). Além disso, substancial perda de líquidos ocasiona a desidratação intensa (perda maior do que 3% do peso corporal) induzida pelo exercício causando uma hipertonicidade dos fluidos do corpo e prejudicando o fluxo de sangue para a pele, já que pode ocorrer uma grande perda de líquido corporal por meio do suor (que não se evapora devido a alta umidade). Observando estes fatores, percebe-se que o aumento da temperatura corporal e desidratação representa um risco potencial para o desenvolvimento de desordens relacionadas ao sistema termorregulador, podendo, inclusive, ameaçar a vida, como cãibras, exaustão e intermação e a morte.
Exercícios no calor em cidades com clima seco
Já nos casos em que a URA está baixa como em Brasília e Goiânia, a preocupação é na verdade um excesso de evaporação. Ou seja, o aluno pratica a atividade física e “não vê” o suor na pele e acha que está tudo bem. O que na verdade está acontecendo é uma troca de calor muito grande com o ambiente, e com o excesso de evaporação ocorre uma perda de líquidos muito grande e uma consequente desidratação.
Medidas preventivas
Por isso, alguma medidas preventivas devem ser adotadas a fim de diminuir as possibilidades de distúrbios térmicos, tais como:
- Ingerir de dois a três copos de água meia hora antes do treino (aproximadamente 500 ml) e beber um copo de água (de preferência gelada) em intervalos durante a prática do exercício. Após o exercício, beba água à vontade de acordo com a sua sede e necessidade.
- Prefira a realização dos exercícios em horários em que a temperatura esteja amena, como no início do dia ou no final da tarde ou à noite.

Tratamento no caso de distúrbios térmicos
Nos casos do aluno apresentar sintomas como: vertigens, fraqueza geral, pele seca e quente, temperatura corporal elevada, dor de cabeça e cessação da sudorese, ele provavelmente entrou em estado de exaustão ou intermação.
Algumas medidas são necessárias para o tratamento desses distúrbios térmicos, como:
- Interromper o exercício imediatamente e procure um lugar na sombra;
- providenciar o resfriamento do corpo através de chuveiro com água fria;
- o resfriamento pode ser feito ainda ao se abanar o aluno, ou através de ventiladores ou ar condicionado.
- fazer a reposição de água;
Caso os sintomas não desapareçam, fazer a remoção imediata para algum hospital.
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Referências.
-Fortney, SM, Vroman, NB. Exercise, performance and temperature control: temperature regulation during exercise and implications for sports performance and training. Sports Med, 2(1): 8-20, 1985.
-Glazer, JL. Gerenciarment of heatstroke and heat exhaustion. Am Fam Physician. 71, 11 June 1, 2005